sexta-feira, 10 de outubro de 2008

"A toalha do Gabeira". A polêmica continua

Escrevi um artigo para o Observatório da Imprensa sobre a foto do Gabeira de toalha de banho (http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=506JDB009). Engenheiros, advogados e professores me criticaram. Um jornalista da pesada, o Octavio Tostes, me defendeu. Escrevi o comentário abaixo, também publicado no Observatório.

"Calma, gente! Eu sou um cara bacana. Nunca fui preso em Copacabana. Tem culpa eu se trabalhei no Globo? Nos tempos de universitário também gritei “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”. Também deixei de gostar do Glauber depois que ele chamou o Golbery de “Gênio da raça”. Mais recentemente troquei de mal com o Fernando Sabino depois que ele escreveu um livro sobre a Zélia. Cancelei a minha assinatura da Veja e não leio Mainardi, Olavo e Azevedo.

Lá na faculdade, o pessoal diz que eu sou um professor legal. De vez em quando até me dão umas plaquinhas.

Mas vamos falar do Globo. O pessoal lá também era legal. Eles não eram maus, não.

Diziam que O Globo tinha um monte de comunistas na redação. Mas nunca confirmaram essa história de que o doutor Roberto (é assim que o pessoal chamava o “nosso companheiro”) teria dito um dia pra um “milico”: “Nos meus comunistas ninguém toca”.

Também nunca soube de alguma história de que eles tenham comido alguma criancinha. Parece que comeram algumas estagiárias. Mas elas já eram grandinhas; e bonitinhas.

O Globo tinha dois restaurantes: o PTB e a UDN. Parece que o PTB era o do bandejão e a UDN o de ar condicionado. Mas não é do meu tempo.

Em 1982, o “patrão” fazia proselitismo do Moreira Franco e os chefes do Miro Teixeira. A redação ficou dividida entre o Brizola e o Lysâneas Maciel. Preferi o Brizola, embora tenham dito que, se ele fosse eleito, o sertão iria virar mar e o mar ia virar sertão. Pior: os macaquinhos iriam fugir dos zoológicos. Pelo que sei, nenhum fugiu. Mas anos depois, um deles, o Tião, jogou areia no Marcelo Alencar, que, na época, era brizolista.

Saí do Globo porque quis. Se eu disser para onde eu fui, aí mesmo é que vocês vão escrever ao Dines para nunca mais publicar um artigo meu. Mas como sou filho único, pisciano, folgado e adoro uma polêmica, vou dizer: fui trabalhar numa multinacional de cigarros. Dizem que cigarro dá câncer. Mas não era isso o que diziam os publicitários e advogados da empresa. As campanhas eram muito bacanas. Pena que na época eu não conhecia vocês.

Obrigado pela audiência. Ah! Estava na dúvida em quem votar. Mas só de pirraça, acho que vou votar no Gabeira.

Nenhum comentário: