Pesquei no site do "Knight Center of Journalism":
Num dia em que a mídia já estava consumida com o falecimento de Farrah Fawcett, a morte repentina de Michael Jackson deixou os jornalistas meio perdidos, especialmente nas redes de TV, informam o Los Angeles Times e a revista Entertainment Weekly.
A morte de Michael Jackson intensificou o tráfego na web e tornou-se ”a principal história pelo mundo”, diz o New York Times. Os redatores de obituários do Washington Post, que não tinham um texto preparado para o cantor, tiveram que se apressar para cumprir com o fechamento da edição da costa leste dos Estados Unidos, com um redator escrevendo o lide, e outro agregando conteúdo para a segunda metade do texto.
O primeiro com a notícia foi o site de fofocas de celebridades TMZ, que informou que Jackson havia sofrido uma parada cardíaca às 13h30 (horário local, 17h30 em Brasília). Às 14h44 (18h44 em Brasília), bateu os concorrentes por apenas 16 minutos ao dar a notícia da morte do cantor, diz o LA Times. No entanto, muitos sites americanos e internacionais, "receosos pelas fotos de paparazzi e pauta sensacionalista do TMZ", esperaram até que o LA Times, uma fonte mais séria e confiável, colocasse a notícia em seu site às 14h51 (18h51 em Brasília) para atribuir a informação ao jornal, explica o The Guardian, que acrescenta: "O TMZ teve o furo da década".
A morte de Michael Jackson "deveria levar as redações a reavaliar como lidam com notícias de última hora em um ambiente hipercompetitivo e de publicação instantânea [como a internet]", escreve Robert Niles no Online Journalism Review. Entre suas sugestões, estão designar alguns jornalistas às tarefas de reportagem e outros às de publicação. "Mas não peça que uma mesma pessoa faça as duas coisas". Ele também acha que "está na hora de abandonar o e-mail como meio para [informar] notícias de última hora". Vale a pena ler seu post na íntegra.
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