Ainda não comprei a revista. Mas o Portal Imprensa está divulgando um trecho da matéria de capa. Boa notícia.
A gramatura do papel-jornal Por Fabricio Teixeira e Rodrigo ManzanoAumento da circulação paga, diversificação dos leitores, fortalecimento comercial dos diários populares e gratuitos. Jornais brasileiros comemoram os resultados e ignoram as profecias mais pessimistas
Há três anos, as coisas mudaram muito na vida de Renata. Com uma filha pequena e recém-separada do marido, viu-se obrigada a trabalhar e desde então é taxista na região central de Belo Horizonte. Em meio a essas mudanças, passou também a ler jornal, coisa que não fazia até então porque achava o formato standard das publicações muito desconfortável para a leitura, além de "chata" a linguagem e os textos, muito longos. Assim como Renata, milhares de brasileiros passaram a ler jornais nos últimos tempos, pelos mais variados motivos. Dados da ANJ - Associação Nacional dos Jornais - apontam um aumento de 89,03% na circulação paga dos jornais nos últimos 17 anos.
Em agosto de 2006 - ou seja, há exatos dois anos - a revista britânica The Economist publicava uma incendiária reportagem de capa sob o título "Quem matou o jornal?" No texto, traçava os mais pessimistas prognósticos para os jornais impressos em todo o planeta, face ao crescimento do acesso às novas tecnologias. A reportagem anunciou: "de todos os 'velhos' meios de comunicação social, os jornais são os que mais têm a perder frente à internet. A circulação vem caindo na América, Europa Ocidental, América Latina, Austrália e Nova Zelândia durante décadas. Mas nos últimos anos a web acelerou o declínio". Para completar, a revista lembrou a profecia feita por Philip Meyer (autor de "Os jornais podem desaparecer?", Editora Contexto), para quem no primeiro trimestre de 2043 o último leitor norte-americano tossirá ao lado da derradeira edição impressa de um jornal.
Nem a The Economist nem Meyer conseguiram prever que nos países emergentes uma nova situação subverteria as previsões matemáticas e os dados estatísticos. Ao contrário do anunciado,o aumento significativo da circulação em países como China, Índia e Brasil refletiu-se no cômputo global, resultando em um pequeno aumento no mundo todo.
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