Meu camarada Jorge Antonio Barros, editor do blog "Repórter de Crime", publicou um post destacando a importância das seções de
Cartas de Leitores. Jorginho conta que antes de ser repórter costumava mandar cartas para os jornais e quando foi procurar emprego levou em seu "portfólio" algumas cartas publicadas. E se deu bem! Ano passado, desenvolvi com meus alunos de Documentação um blog sobre "Seção de Cartas". Ver:
http://www.cartanarede.weblogger.terra.com.br/A íntegra do texto do Jorginho:InternetBlog aceita sugestões para manual de comentáriosMinha carreira de jornalista começou, acreditem, como leitor de jornal e, mais tarde, freqüentador da seção de cartas de leitores. Meu primeiro estágio obtive em 1981 no "Jornal do Brasil" com o então diretor de redação, Walter Fontoura, numa época em que prevalecia nas redações o QI (Quem Indica) do candidato. Não tive QI, mas apenas segui o instinto e fui em busca de uma entrevista com o "dr. Walter", numa época em que era certamente mais fácil burlar a portaria de um grande jornal, alegando que se precisava de uma entrevista com o diretor de redação, para um trabalho da faculdade.
Para fazer a entrevista com o "dr. Walter", botei meu único terno e gravata e levei meu portólio com as cartas publicadas na seção dos leitores do jornal. Ele deu uma olhada, disse que não havia emprego, mas apenas um estágio de três meses, que depois foi se renovando até virar uma vaga de repórter na Editoria de Cidade, lotado na "rádio escuta", onde funcionava também como "repórter de polícia".
Portanto, sempre digo com algum orgulho que
a seção de cartas de leitores me abriu as portas para o jornalismo. Naquela época, o responsável pela seção era um redator chamado Carlos Alberto, que trabalhava também na assessoria de imprensa da Comlurb. Ele lidava com os "missivistas", como chamavam no jornal os leitores que adoravam dar seu pitaco.
O tempo voou e os "missivistas" hoje somos nós, comentaristas de blogs ou de sites de notícias. No caso dos blogs, considero muito importante a participação dos comentaristas, que representam na verdade a interação que pode existir entre o blogueiro e seus leitores. Essa interação é vital para a energia de um blog.
Assim como não existe jornal sem leitor, não existe blog sem comentarista. Quando o blog não tem comentários ele fala para o próprio umbigo, sejamos sinceros, não se estabelece concretamente o processo de comunicação, em que o feed back (a resposta) é um dos pontos primordiais.
Por essas e outras, decidi lançar aqui um "Pequeno Manual de Comentários em blogs e sites de nofícias". Para que ele venha com maior credibilidade e não seja apenas uma elocubração minha, peço que os leitores enviem sugestões sobre o que se deve ou não fazer em prol de uma boa comunicação em blogs, o que se espera do autor dos textos e o que não se espera, como essa relação pode render frutos para uma comunidade ou não. O ideal é que ele sirva para qualquer blog com teor jornalístico, independentemente do tema preferido do blogueiro. Enfim, estou aberto a sugestões pelo email reporterdecrime@globo.com ou por aqui mesmo, na caixa de comentários.
E em dois ou três dias teremos nosso pequeno manual, que também estará aberto a críticas e sugestões.
Não basta ser leitor, tem que participar".
* A imagem que ilustra este post foi retirada do site da revista piauí.
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