quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Livro do ex-aluno Thiago Dias sobre o Internacional de Porto Alegre


Thiago Dias (ver link abaixo) também acaba de publicar um livro sobre a conquista do Inter na Copa Toyota. Thiago cobriu o torneio no Japão pelo globoesporte.com.

Ah, que inveja! O Botafogo um dia trás esse caneco. Mas sem mofo. Aquele antigo do Flamengo está todo mofado. Foi em 1981, no século passado, e ainda hoje eles falam nisso.

Se quiser saber mais:http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Futebol/Internacional/0,,MUL164462-4410,00.html

Quem não gosta de samba, bom sujeito não é. Vejam o blog O Samba.net

Meu ex-aluno do balacobaco Thiago Dias, que, na edição de maio de 2004, aceitou o desafio e fez uma bela matéria pro Jornal Laboratório da FACHA sobre o jornal argentino Página 12, manda e-mail avisando que está lançando o jornal "O Samba". É feito por quatro ex-alunos da FACHA (Botafogo): Thiago, Bruno Villas Boas, Thales Ramos e Emiliano Mello. Os quatro editam o blog www.osamba.net, que motivou a criação do jornal.

O primeiro número sai em dezembro e será mensal, com 5 mil exemplares de tiragem. Tem matérias com Walter Alfaiate, Ruben Confete, Franco (compositor), Zé Katimba e uma foto rara da primeira águia da Portela.

O endereço do blog: http://osamba.net/

Blog do professor PC também é cultura


Deu no Dia. No jornal O Dia mesmo. Minha aluna Daniela Calcia fez a entrevista e o João Luiz Barcellos, do departamento de Fotografia da FACHA, fotografou no Laboratório da Faculdade. Triplicou a venda do Dia hoje, principalmente entre as mulheres.

domingo, 28 de outubro de 2007

Ombudsman da Folha e o "jabá" das editorias de Turismo

Como quase todos os domingos, reproduzo parte da coluna do ombudsman da Folha. Mais uma análise corajosa do Mário. E vocês conhecem o Mário, né?
Não há almoço de graça
Mário Magalhães
A TAM faz 56 vôos semanais de São Paulo para Buenos Aires. A Gol, 28. A Aerolineas Argentinas, 27. A LAN, sete. A British Airways, quatro.
Embora com 3% das 122 decolagens, a British foi a única companhia aérea citada na reportagem principal de Turismo da quinta retrasada, dedicada a Buenos Aires. Dado sobre a ocupação de suas aeronaves comprova o sucesso da operação para a Argentina.
Não há mesmo obrigação de considerar e noticiar apenas as empresas que voam mais.
Na página cujo relato trata de hotéis, os eleitos para serem fotografados foram o Hyatt, o Faena e o Alvear. A seleção de imagens é parte do ofício de editar. O serviço, adiante, enumerou 20 hotéis.
Quem sabe as opções foram mera coincidência, estatisticamente isso é uma hipótese.
A coincidência incontestável foi o destaque para quem pagou a viagem dos dois autores dos textos. Outros, não a Folha, bancaram as despesas de transporte e hospedagem.
O repórter foi convidado do Hyatt. A repórter, da British e, segundo nota de rodapé, da "rede de hotéis Leading" -à qual são associados, de alguma forma, o Faena e o Alvear. A Folha, em vez de informar de modo transparente que a repórter fora convidada do Faena, disse que o anfitrião era a rede Leading, cuja relação com o hotel os leitores ignoram. Só a descobri na internet.
É jornalisticamente questionável a incidência de viagens "a convite" na cobertura sobre turismo nas publicações brasileiras, a Folha incluída.
O esclarecimento sobre a condição de "jornalista convidado" é uma conquista da qual a Folha foi pioneira.
Mas não elimina o problema da conexão entre quem publica e quem paga. Se o jornal custeasse a viagem, não haveria restrição à escolha das fotos dos hotéis divulgados.
Não é o que pensa o editor de Turismo, Silvio Cioffi, que na crítica diária do ombudsman respondeu a comentários meus: "Gostaria de esclarecer que os relatos jornalísticos não deram atenção "apenas aos patrocinadores da viagem". Um repórter viajou a convite do hotel Faena, outro do Hyatt".
"Resolvemos incluir o Alvear e, como sempre fazemos, respeitando o "Manual", incluímos nesta edição a menção aos convites -com transparência. Publicamos ainda, com destaque e pluralismo, exatos 31 pacotes de viagens para a capital argentina e serviço bem apurado de 20 hotéis e albergues (a partir de US$ 9/dia)."
"Idem os preços e sites de todas as companhias aéreas que voam para Buenos Aires (são 120 vôos semanais). Crítica, a edição dá título ainda para furtos de carteira, passaportes e máquina de foto."
O serviço foi amplo, mas a deferência em textos e fotos foi para os patrocinadores. Jornalismo de serviço não deve ser promocional. Seu papel é ajudar o leitor-turista a se guiar e evitar armadilhas.
O tom do caderno foi tão oba-oba que a Primeira Página do jornal titulou: "Buenos Aires - Agrada a todos os gostos e bolsos". Discordo: há quem não goste e quem não tenha dinheiro para viajar.

sábado, 27 de outubro de 2007

E já que falamos em entrevista...


A Carla Mühlhaus lembrou bem em sua palestra o livro do jornalista Fábio Altman sobre entrevistas. A FNAC está com bom preço.

Palestra de Carla Mühlhaus


Carla Mühlhaus, autora do livro "Por trás da entrevista", esteve ontem na FACHA Botafogo, conversando com os meus alunos de Técnica de Reportagem. O tema diz tudo. Quem assistiu, lucrou. E ainda tomou cafezinho e água grátis!
Carla promete repetir a experiência na FACHA Méier.

Foto: André Santos

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Blog Assessorando


Os alunos da turma de Assessoria de Comunicação Social começam a trabalhar firme no blog Assessorando. Vamos ver como vai ficar. Ainda falta muita coisa. Aceitamos dicas e colaborações.

A foto é do João Luiz Barcellos

Palestra na PUC


Mestre Rubem Braga escreveu certa vez algo como "ultimamente os dias têm passado muito rápido". Vou pesquisar com calma nos meus livros e volto a falar sobre isso. Essa semana foi braba e nem deu pra postar o cartaz da palestra que fiz ontem, quarta, na PUC, sobre o Jornal de Debates. Minha aluna Luciana Motta até enviou nota publicada no "Comunique-se" (abaixo). Fui muito bem recebido pelo professor Leonel Aguiar e pelos alunos e conheci o gente boa Mauro Trindade.

"Uma mesa redonda na PUC-Rio reunirá três profissionais de veículos de fora da grande mídia para debater experiências contemporâneas em jornalismo. Paulo Cezar Guimarães, do online Jornal de Debates; Mauro Trindade, do jornal Interface; e Eduardo Lima, da revista Zé Pereira exporão suas idéias e opiniões na quarta-feira (24/10), às 14h, no auditório 102-K.

O encontro é promovido pela disciplina Teorias do Jornalismo, ministradas para mestrandos e doutorandos de PUC-Rio, Uerj, UFRJ e UFF pelos professores Leonel Aguiar e Felipe Pena. A palestra é aberta ao público e vale como atividade complementar para alunos de graduação. A PUC-Rio fica na Av. Marques de São Vicente, 225, Gávea".

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Palestra do Ariano Suassuna. Eu fui!



Amigos
Participei ontem o dia inteiro de uma palestra sobre Comunicação Corporativa, promovida pela agência Casa do Cliente - Comunicação 360ª - dos meus amigos Paulo Clemen e Jaíra Reis. Ariano Suassuna abriu com a sua Aula-Espetáculo. Maravilha! Conto depois pros meus milhões de leitores. Mas adianto: ele abriu "reclamando". "Lamentou" que tenha sido apresentado como um cara que "dispensa apresentação". Disse que queria ser apresentado sim; e com elogios.

Carta na Folha de S. Paulo


A Folha de S. Paulo publicou ontem uma carta que enviei para a redação do jornal.

Palestra sobre entrevistas - Técnica de Reportagem





Atenção alunos da turma de Técnica de Reportagem, FACHA Botafogo. Na próxima sexta-feira, a jornalista Carla Mühlhaus, autora do livro "Por trás da entrevista", dá palestra em sala de aula. Não percam!

domingo, 21 de outubro de 2007

Ombudsman da Folha e o marketing de Nelson Jobim



Mais uma aula de Jornalismo do Mário Magalhães.

De Collor a Jobim, o marketing triunfa

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O problema não é o ministro, o problema é o jornalismo; houve uma sucessão de factóides cuja encenação não recomendava realce --------------------------------------------------------------------------------

O MINISTRO da Defesa, Nelson Jobim, desembarcou na Amazônia sexta-feira retrasada vestido de civil. No sábado, envergou uniforme militar camuflado e não o tirou mais.
Nos dias seguintes, posou ou deixou-se fotografar com uma sucuri de nome Metralha, um macaco-barrigudo e uma onça com pinta de raros amigos. Bateu bola e passeou por uma casamata.
Deu declarações de impacto pífio, e sua visita de sete dias a postos de fronteira não gerou notícias de relevo.
Ainda assim, a viagem mereceu espaço generoso no jornalismo impresso. Não faltavam repórteres e fotógrafos no local: o Ministério da Defesa levou-os, a convite, em avião da FAB -uma dupla da Folha entre eles.
O jornal "O Estado de S. Paulo" publicou o título ""Amazônia tem dono", diz Jobim". "O Globo" saiu com "Na fronteira amazônica, Jobim critica Funasa". A Folha sobrepujou os concorrentes em camaradagem com o ministro ao exibi-lo com o macaquinho no alto da primeira página da terça-feira.
A informação sobre a véspera era tão desimportante que a legenda da foto remeteu não para reportagem, mas só para outra imagem com o bicho, em Cotidiano.
Com exceção da gurizada, nós já vimos esse filme. E lembrá-lo não implica equiparar Jobim, em caráter e praxe, ao ex-presidente Fernando Collor (1990-92).
O problema não é o ministro, que tem ambições respeitáveis como outros pretendentes, assumidos ou enrustidos, ao Planalto.
O problema é o jornalismo. Houve uma sucessão de factóides cuja encenação não recomendava realce, a não ser com abordagem crítica.
Os jornais se subordinaram à agenda alheia -como a maioria deles ao cobrir o candidato Collor em 1989 e as primeiras estações do seu governo. Com a submissão, deu-se bem a marquetagem. Quando a propaganda triunfa, o jornalismo se dana.
Como diz o colunista Janio de Freitas, "os jornalistas, aceitando esse tipo de truque promocional de políticos, deixam de fazer jornalismo e agem como operadores de marketing".
Com o oba-oba inicial, a viagem fraca em notícia ganhou repercussão, até em charges bem boladas. O jornal "O Dia" foi pioneiro ao ironizá-la. Em seguida, "O Globo" a questionou.
No domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva -civil, como seu subordinado Jobim- contou em entrevista à Folha que aceitou convite da Aeronáutica para voar em um caça.
Será que vem por aí mais uma overdose de fotografias promocionais rotuladas de jornalismo?

sábado, 20 de outubro de 2007

Comendo criancinhas, Fernanda Lizardo


Acabo de descobrir os textos e o blog da minha aluna Fernanda Lizardo. Além de escrever bem pacas, fotografa que é uma beleza. Eita baixinha porreta!

Comendo criancinhas
Fernanda Lizardo

- Quando te vi na rua, achei que era do tipo quietinha, não dava nada por você.
Essa frase foi dita por um homem intimidado. Homem, não. Um garoto praticamente. E era até engraçado vê-lo tão surpreso, afinal, naquele dia em que ele desceu do ônibus para pedir meu telefone, pareceu bem certo do que o esperava. Mas ele errou.
Eu, como de praxe, acertei no conceito: aguardava um meninote que ainda não havia trepado de forma intensa. E foi isso mesmo que veio. Se eu achei ruim? De maneira alguma! Era exatamente o que eu queria!
É delicioso encontrar esse tipo de reação às vezes. Melhor do que isso, só mesmo testar os limites do outro e ver o quanto ele desconhece ousadias. Foi maravilhoso quando disse a ele algo do gênero "quero que você me coma de quatro" e pedi que viesse com a maior força possível. A cada estocada ele exclamava: "Não acredito nisso! Nunca conheci alguém que agüentasse dessa forma!". E eu me extasiava não só com o sexo, mas com toda a surpresa que pairava no quarto. Sustos e um fôlego preso alternavam-se com gemidos e muito, muito suor.
Ele mal percebeu quando gozou pela primeira vez. Estava desnorteado. Quando veio para cima de mim para uma nova rodada, foi forçando-se a manter o pique, mas começou a esmorecer vagarosamente. Senti a tensão dele e, num misto de covardia e sacanagem, pedi que relaxasse. Foi o estopim para vê-lo mais nervoso ainda, surpreso por não conseguir fazer o pênis enrijecer e por não conseguir tirar da cara o sorriso bobo da criança que acabara de encontrar seu mito de infância.
Assim que ele notou seu limite de horário, pediu para tomar um banho. Não podia chegar em casa cheirando a sexo ("minha namorada percebe"). Molhou os cabelos quase sem querer para lavar o suor que encharcava completamente a ponta dos fios. Ficou preocupado por saber que chegaria em casa com os cabelos molhados. Empunhei um secador de cabelos, porém, como a vida é sempre muito legal comigo, uma chuva providencial (após longo período de seca, diga-se de passagem), caiu pesada. Pronto. O instruí a andar pela chuva para deixar os pingos molharem tudo, assim ele teria uma desculpa para correr para o banho tão logo adentrasse o apartamento.
Sei que, quando chegou em casa, ele precisou se esfregar bem para apagar vestígios que provavam ter estado na cama com outra. É certo que do corpo saiu tudo. Mas só do corpo.

Quer ver e ler mais?
http://cooper.blig.ig.com.br/

Em todo lugar tem alguém da FACHA: Jason Vogel, o bom de título, de lide e de texto



Jason Vogel foi aluno da FACHA. E passou pelas minhas mãos (no bom sentido, claro). Ficava quietinho, no canto esquerdo, rabiscando sei lá o quê. Há alguns anos é o editor do caderno Carro Etc de O Globo. Não entendo nada de carro, não me ligo no assunto, mas todas as quartas dou uma olhada no caderno só pra ler os títulos do Jason. Como os destacados em um dos recortes acima.

Dica do blog: Encontro sobre Assessoria de Imprensa, em São Paulo


Meeting debaterá as boas práticas de assessoria de imprensa

Nos próximos dias 6 e 7 de novembro, o Espaço Cultural Vivo, em São Paulo, sediará o 2º Meeting Brasileiro de Assessoria de Imprensa / Relações com a Mídia, evento organizado pela Mega Brasil que tem por proposta debater as boas práticas de assessoria de imprensa no Brasil e que contará com o apoio de seis das mais importantes agências de comunicação do mercado: CDI, CDN, FSB, Máquina da Notícia, S2 Comunicação e Textual.

Alguns dos temas que estarão em debate são: Assessoria de imprensa em tempos de revolução digital e interatividade, A informação, a ética e os limites da sedução e Assessoria de Imprensa na área cultural e do Showbizz. Também constam da programação palestras sobre Monitoração de imagem, Oportunidades e desafios da blogosfera, Os reflexos da Assessoria de Imprensa na reputação empresarial, Divulgação de marcas brasileiras no Exterior e Como lidar com o poder do consumidor na Era Digital.

O encontro tem confirmadas as participações, entre outros, de Marcelo Alonso (Vivo), Marcello D’Angelo (Gazeta Mercantil), Márcio Polidoro (Odebrecht), Marco Chiaretti (portal Estadão), Cristiane Correia (revista Exame), Ralphe Manzoni Jr (IDG Now), Flávio Stadnik (Cachaça Sagatiba), Romeo Deon Busarello (Tecnisab), Ricardo Cianciaruso (Revista Época/Editora Globo), Ismael Pfeifer (Santander), Nair Suzuki (O Estado de S.Paulo), Fátima Turci (Record News), Reynaldo Naves (Grupo Ticket), Gerson Penha (CDN), Rubens Meyer e Tereza Santos (S2 Comunicação), Paulo Marra (Paulo Marra Comunicação), Antonio Mafra (Textos e Idéias) e Victor Drummond (Victor Drummond Comunicação).

Programação e outras informações no site da Mega Brasil Comunicação: www.megabrasil.com

Ou pelo telefone 11-5573-3627, com Adriana Somma (adriana@megabrasil.com.br) ou Alline Roble (alline@megabrasil.com.br).

Jornalista precisa de formação continuada, Eugênio Bucci

Deu no Observatório da Imprensa. Publico o início.
RESPONSABILIDADE DA IMPRENSA
Jornalista precisa de formação continuada
Por Eugênio Bucci

Quarto e último artigo de uma série de quatro, sob o título geral "A imprensa e o dever da liberdade – A responsabilidade social do jornalismo em nossos dias".

Persiste em parte das redações, ainda, a tristonha presunção de que o jornalismo se faz e se aprende "na prática": se o sujeito leu uns livros bons, tem vocabulário acima do comum, é curioso e esperto, vai brilhar. Assim é que esse ofício se firmou e se reproduz, com base na ilusão de auto-suficiência. Talvez ela bastasse até meados dos anos 1970, mas hoje é apenas vã. O jornalismo, como as demais atividades, impõe a seus praticantes que estudem.

É verdade que temos jornalistas notáveis que nunca foram à universidade, assim como, no passado, também tivemos bons dentistas que não tinham diploma. Ainda hoje, aliás, há parteiras no interior que, sem ter passado pela faculdade, trazem crianças ao mundo. Não se pode mais pretender, porém, que a imprensa atinja bons níveis sem ter pontes com a pesquisa e com a capacitação aprofundada. Estudar com método, se já não era no passado, é no presente parte integrante da responsabilidade social do jornalista. (...)

Quer ler mais?

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=455IMQ001

Blog sobre Assessorias: Assessorando

Outro blog de alunos que está no ar é o Assessorando, sobre Assessorias de Comunicação.

Endereço:
http://assessorando.zip.net/index.html

Blog sobre Jornalistas de Humor



Aparício Torelly, o Barão de Itararé, e Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, são dois dos jornalistas destacados no blog "Jornalistas de Humor", que entrou no ar hoje. É mais um trabalho desenvolvido pelos alunos.
O endereço: http://jornalistasdehumor.weblogger.terra.com.br/

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

A Reportagem ainda vive

MEU CAMARADA Vicente Dianezi Filho publicou no Jornal de Debates um texto comentando reportagem publicada no Correio Braziliense sobre crianças. Confesso que não li e informo que não tenho acesso ao Correio. O resumo abaixo diz tudo.
Viva a Reportagem! A Reportagem vive!

"Os repórteres Ana Beatriz Magno e José Varella, do “Correio Braziliense”, investigaram durante 21 dias como brincam as crianças em favelas do Rio de Janeiro. O resultado é de arrepiar os cabelos.

Autor: Vicente Dianezi Filho - Participa desde: 23/12/2006

A reportagem foi publicada no dia 12 de outubro e se estende por um caderno especial de 12 páginas com o sugestivo título “Os brinquedos dos anjos”. O acesso ao “Correio Braziliense” não é free e, para produzir este comentário, comprei o jornal numa banca de revista".

Mais detalhes:
http://www.jornaldedebates.ig.com.br/index.aspx?cnt_id=15&art_id=11249

De bar em bar, de mesa em mesa (A mentira tem saias curtas)



O perigo de "editar" fotografias é esse. Um olhar mais atento e a "trama" é descoberta. O ombudsman da Folha, Mário Magalhães, já fez crítica sobre isso. Ou alguém acredita que a bela moça de blusa rosa e saia branca é dessas que pula de mesa em mesa, de bar em bar, de parceiro em parceiro?
Lembro da vez no Globo em que um fotógrafo amigo "armou" uma foto de um vestibular na UERJ e foi "desmascarado" por um relógio digital.

Dica de livro: "Por trás da entrevista"


Tem gente que pensa que é fácil fazer entrevistas. Não é bem assim. É preciso técnica, é preciso estar bem preparado. Não é porque o sujeito fala muito que ele pode ser um bom entrevistador. Acabou de sair o livro "Por trás da entrevista", de Carla Mühlhaus. Estou no início. Mas promete. A autora entrevistou Ana Arruda Callado, Artur Xexéo, Carlos Heitor Cony, Joaquim Ferreira dos Santos, o saudoso Joel Silveira, Sergio Cabral (o pai) e Zuenir Ventura, entre outros. Com um time desses, até o Dunga!

Achamos o Assaoka! Célia Cambraia, cadê você?

Amigos da turma de Secretaria Gráfica da FACHA Méier: o Carlos Brasil acaba de me ligar. O Assaoka, editor de Arte da Revista Goodyear, deu retorno, elogiou a idéia e vai colaborar com o nosso trabalho. Bingo! Trabalho de repórter. Nunca devemos desistir. Agradeço, desde já, a gentileza do Assaoka. Só falta agora a Célia Cambraia, a idealizadora da revista, que, parece, mora no exterior; e o Cyril Walter, então gerente da empresa, que viabilizou o projeto.

Entrevista para alunas da FACHA Méier. Parte II. Dei mancada e deixei o celular ligado


Façam o que eu digo, não façam o que eu faço, como diria a minha avó desalmada. Esqueci de desligar o celular e, durante a entrevista, o bichinho tocou. Pedi ao Gustavo pra editar a minha mancada. Me achei um pouco feio no vídeo. Quem me conhece sabe que pessoalmente eu sou mais bonito e charmoso.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Entrevista para alunas da FACHA Méier (Programa "Mudando de lado")


Semana passada tive a honra de dar (digo, conceder) uma entrevista para as alunas Gabriella Ferreira e Patrícia Ribeiro, do programa "Mudando de lado", dirigido pela aluna Luana Villaça, da turma do professor Guto Neto. Aviso desde já, aos professores engraçadinhos, como está no início do vídeo: o nome do programa é que é "Mudando de lado". Eu continuo do mesmo lado. Sou botafoguense (rs).
Um agradecimento especial ao pessoal do Estúdio e ao Tavo Comber que preparou a edição do vídeo para publicação no blog.

Palestra em sala de aula



O repórter fotográfico André Coelho, de O Globo, fez hoje de manhã uma palestra, em sala de aula, para os meus alunos de Secretaria Gráfica e Programação Visual, da turma da manhã. André foi convidado pela aluna Mariana Souza, que produziu uma revista sobre o seu trabalho. Ele mostrou fotos realizadas na Casa de Saúde Dr. Eiras, em Paracambi; na Casa de Custódia de Benfica; no Instituto Padre Severino e em Nova Orleans, nos Estados Unidos.

Foto da palestra: Isabel Acosta

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Blog "Cartas na Rede" já está no ar


No ar, mais um blog de alunos da FACHA
Estou desenvolvendo com os alunos de Documentação da FACHA Botafogo um blog sobre "Cartas de leitores" (publicadas em jornais e revistas). A bola, digo, as cartas estão na mesa, digo na Rede. É com vocês, alunos.
O endereço:
http://www.cartanarede.weblogger.terra.com.br/

A imagem do post foi copiada da revista piauí, uma das publicações que fazem parte do trabalho.

Jornalistas & Cia divulga nota sobre o blog "A Revista Goodyear"



Meu camarada Edu Ribeiro, de São Paulo, que há anos edita a grande sacada que é o "Jornalistas & Cia", prometeu e cumpriu, ao contrário dos nossos políticos. Saiu uma nota sobre o blog A Revista Goodyear. Atenção alunos da FACHA Méier: a responsabilidade aumentou. Vamos brilhar. De grão em grão a gente vai chegar lá e fazer um bom trabalho.
Valeu Edu, valeu Baron!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Blog "A Revista Goodyear" começa a "decolar"


Apesar de ainda precisar de alguns acertos de edição e de "diagramação", o blog "A Revista Goodyear", desenvolvido pelos alunos da FACHA Méier, começa a ficar do jeito que eu gosto. Informativo, com muito conteúdo e muitas imagens.

Já deram depoimentos para o blog os seguintes profissionais:
Geraldo Mayrink (ex-editor), Edu Simões (ex-editor de arte), Rogério Reis (ex-fotógrafo colaborador); Fábio Steinberg (ex-IBM, hoje consultor empresarial), Renato Gasparetto (ex-Moinho Santista, hoje diretor de Assuntos Institucionais e Comunicação Corporativa do Grupo Gerdau), Terezinha Santos (ex-Golden Cross, hoje consultora), Marilene Lopes (ex-Xerox, hoje professora da PUC e consultora), Eduardo Ribeiro (ex-Villares, hoje editor do "Jornalistas & Cia"), Mary Anne Sá (ex-R.J. Reynolds, hoje consultora), Paulo Henrique Soares (à época estudante, hoje gerente de Comunicação da Vale do Rio Doce), Jaíra Reis (ex-repórter de O Globo, hoje diretora executiva da Casa do Cliente Comunicação), Wilson da Costa Bueno (professor da UMESP e da USP, diretor da Comtexto Comunicação e Pesquisa).

Já foram contatados:
Amauri Marchese (ex-presidente da Aberje, hoje professor universitário e consultor), Roberto Muylaert (editor da revista Ícaro (hoje revista da Varig), uma das publicações que inspiraram a Revista Goodyear), Wilson Baroncelli (ex-Supermercados Pão de Açucar e Souza Cruz, hoje no "Jornalistas & Cia) e outros.

Agradecemos a colaboração (dicas, depoimentos, exemplares) para a produção do trabalho.

Endereço do blog:
http://arevistagoodyear.zip.net/

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Ombudsman da Folha. Para os alunos de Assessoria

Faltou Assessoria ao deputado. E Mário Magalhães, ombudsman da Folha, publicou. Vale uma reflexão.

Deputado vacila, Folha não perdoa
O deputado Paulo Renato, ministro da Educação nos governos de Fernando Henrique Cardoso, cometeu um engano ao transmitir à Folha um artigo para publicar, "Tentáculos da reestatização". Ele criticava atuação do Banco do Brasil, para incorporar o Besc (Banco do Estado de Santa Catarina), que configuraria "nítida ofensa às regras concorrenciais".

Um pensamento legítimo.

Seu vacilo foi deixar, no pé do e-mail, a consulta anterior que havia feito ao presidente do Bradesco.

Escrevera a Márcio Cypriano: "Em anexo, vai o artigo revisto. Procurei colocá-lo dentro dos limites do espaço da Folha. Por favor, veja se está correto e se você concorda, ou tem alguma observação".

O jornal revelou na quarta-feira que o deputado submeteu o texto ao banco. Economista, Paulo Renato sustenta que buscou opinião técnica.

Quem envia uma mensagem dessa natureza à Folha conta com o sigilo. Mas cabe ao jornal expor articulações e lobbies cujo conhecimento tenha interesse público. Penso que o compromisso com os leitores, e não com parlamentares, deva se sobrepor.
Por isso a Folha acertou ao divulgar o que sabia. E ao atender ao pedido para cancelar a publicação. É um direito do deputado, e a reportagem da quarta já informara o conteúdo do artigo.

Ombudsman da Folha. Para os alunos de Documentação

Mário Magalhães, ombudsman da Folha, comentou em sua coluna a "polêmica Huck e Ferréz", que rendeu muitas cartas ao jornal. Vale citar.

Ferréz contra Huck: vale publicar tudo?
Parece um equívoco classificar como "polêmica entre Luciano Huck e Ferréz" o debate que nas duas últimas semanas animou o "Painel do Leitor".
Foi do apresentador de TV Huck a iniciativa de enviar à Folha o artigo "Pensamentos quase póstumos", no qual contava o sufoco de ter o relógio Rolex roubado, com a arma apontada para a cabeça. Saiu na segunda retrasada. Não polemizava com ninguém em particular.
Quem polemizou com ele, segunda passada, foi Ferréz. O rapper e escritor, também por sua iniciativa, teve o texto "Pensamentos de um correria" impresso no mesmo espaço. Ele reconstitui o assalto pelo olhar do ladrão: "Todos saíram ganhando, o assaltado ficou com o que tinha de mais valioso, que é sua vida, e o correria ficou com o relógio".
Leitores protestaram. Para uns, o jornal deveria recusar o desabafo "elitista" de Huck. Para outros, permitiu a "apologia de crime" por Ferréz.
Creio que a Folha, abrigando a divergência, comprovou as virtudes do pluralismo. Oponho-me à publicação irrestrita de artigos. Por exemplo, o jornal deve vetar autor duvidando do Holocausto.
Mas Ferréz não louvou o roubo. Elaborou ficção. Ele e Huck enriqueceram a reflexão sobre violência, concorde-se ou não com suas idéias claras ou subjacentes.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Atropelaram a gramática


Deu agora há pouco no blog do Ancelmo.
"Reflexão supercorreta num carro em Brasília - não fosse o "compença" (aaaaiiiii!!!!) na frase. Mau português é um crime - não compensa".

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Mônica Veloso e a garota de programa que esquentou a Guerra Fria


GUERRA FRIA, SENADO QUENTE
Caso que derrubou ministro britânico em 63 inspirou ensaio com jornalista
(Legenda das fotos: Imagens de Christine Keeler (à esq.), então com 21, em 1963, e foto de Mônica Veloso, aos 39, em 2007)


Uma das fotos do ensaio do fotógrafo J.R. Duran com Mônica Veloso para a revista "Playboy" inspira-se numa das imagens mais famosas dos anos 60 - uma fotografia da garota de programa Christine Keeler, pivô do escândalo Profumo.
Em 4 de junho de 1963, o então ministro da Defesa britânico, John Profumo, renunciou ao cargo em meio ao escândalo provocado por seu relacionamento extraconjugal com Keeler, que mantinha simultaneamente um caso com o adido naval soviético Eugene Ivanov.

A suspeita de que a moça extraía segredos militares de Profumo e os repassava aos soviéticos num dos períodos mais tensos da Guerra Fria - a crise dos mísseis em Cuba, que quase levou à guerra entre EUA e URSS, havia ocorrido oito meses antes - nunca foi provada, mas arruinou sua carreira política e contribuiu, quatro meses depois, para derrubar o primeiro-ministro Harold Macmillan. Perdoado em 1975, Profumo morreu no ano passado, aos 91.

De família aristocrática e herói da Segunda Guerra, John Dennis Profumo entrou para o Parlamento em 1940. Casado com a atriz Valerie Hobson desde 1954, iniciou seu relacionamento com Keeler em 1961. Quando sua relação veio à público, Profumo negou no Parlamento que houvesse qualquer "inconveniência" em seu relacionamento. Foi contestado pela própria Keeler, o que tornou sua situação insustentável.
A foto de Keeler foi tirada em maio de 1963, no auge do escândalo, por Lewis Morley, para promover um filme sobre o caso. Uma das cópias foi roubada e saiu no "Sunday Mirror".

Fonte: Folha de S. Paulo

A Revista Goodyear - Capa da publicação impressa (FACHA Méier)



O aluno Rodrigo Pinto fechou hoje a capa da versão impressa da Revista Goodyear. Design e escolha de foto do próprio aluno. O blog, cujo design é da aluna Aline Sá, começa a esquentar. Vale uma visita.
http://arevistagoodyear.zip.net/

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Aula: ainda tem revisor no Globo. Que bom!

Em todo lugar tem alguém da FACHA: Lola Batalhão e Adriane Galisteu



Artur Xexéo escreve hoje em sua coluna sobre um Artur Moura de Vila Isabel, formado pela FACHA, que virou "Lola Batalhão". Alguém conhece o colega? Vale uma entrevista.

Falar em FACHA e em gozação, a piauí de outubro faz uma "brincadeira" com a Faculdade na coluna "The piauí Herald", assinada pelo Alfredo Ribeiro. Diz que o auditório da "Universidade" Hélio Alonso estava repleto para assistir dona Adriane Galisteu defender a sua tese de doutorado sobre Husserl.
Pra quem não viu...

Esses assessores! Deu no Joaquim


Aos alunos de Assessoria que estão preparando o blog. Leiam a nota que saiu hoje na coluna "Gente Boa", do Joaquim Ferreira dos Santos.

Quem lê tanta notícia? Que vaginão!


Essa eu pesquei na Internet. Sem comentários.

Formatura da FACHA



Acabo de chegar da formatura dos meus alunos. Mais uma vez fizeram a gentileza de me homenagear. Que honra! Foi bonita a festa, pá! O professor José Guilherme Leite, hoje aposentado e morando na "roça", foi o patrono e fez um belíssimo discurso. Gilson Caroni, o paraninfo, fez um discurso corajoso, hoje republicado no Observatório da Imprensa e logo abaixo. Os outros homenageados foram o Ricardo Benevides e o Nelson Romeiro. Estou cansado. Amanhã escrevo mais. Aguardo fotos do evento.

"AOS FORMANDOS
Democracia é um projeto a ser diariamente reinventado
Gilson Caroni Filho

(Discurso de paraninfo das turmas de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas 2007/2 das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha, RJ), proferido em 9/10/2007, na Casa de Espanha, Rio)

Antes de tudo, gostaria de agradecer aos formandos pelo convite para ser paraninfo das turmas. Primeiro, pela surpresa de se lembrarem de mim tanto tempo depois. Em segundo lugar, por terem me escolhido, mesmo não sendo professor de nenhuma das habilitações específicas.

É gratificante, sem dúvida, ver reconhecido um trabalho acadêmico que, passados quase quatro anos, se traduziu, ao menos em parte, em vida, visão de mundo, bagagem acadêmica a ser permanentemente atualizada.

O que celebramos hoje, neste auditório, é um rito de passagem. Alguns minutos que ficarão em suspenso entre o que foi, e conhecemos por ter vivido, e o que virá e apenas se faz pressentir. Um misto de alegria, esperança e apreensão.Algo que Drummond expressaria em versos que me permito alterar ligeiramente : "E agora"Josés? Josés, e agora?" Agora virão os bons combates. Aqueles que devem ser travados com princípios bem definidos.

Vocês estão preparados para o mercado, mas devem almejar bem mais que isso. Precisam fazer da comunicação social uma ferramenta de permanente questionamento. De incessante criação de algo que, por natureza, deve permanecer inacabado, em permanente processo de aperfeiçoamento. Entender a história como devir é um belo primeiro passo.

Aplauso fácil e credibilidade

Mas é fundamental lembrar alguns pontos importantes. Aos jornalistas, asseguro: para atuar na imprensa é necessário, hoje mais do que em qualquer outro período, serenidade, competência e um aguçado senso ético. A democracia só existe quando é vista como projeto a ser diariamente reinventado. E a atividade jornalística talvez seja isso: um desvelar sem fim de atos e fatos.

A informação correta se submeter a outro imperativo que não seja o do aprofundamento democrático. Do bem informar em nome do interesse público.

O jornalismo não se pode prestar a instrumentalização partidária ou se confundir com entretenimento. Deve ser instância de fiscalização dos Poderes, de afirmação republicana. Quando a imprensa vira partido, seja de oposição ou de apoio a qualquer governo, deixa de cumprir seu papel de aprimorar a esfera pública, deixa mesmo de ser imprensa para se tornar presa fácil de empreitadas escusas.

Peço-lhes que, no exercício da profissão, não misturem informação e opinião. Valorizem a apuração, não façam um jornalismo de ilações e acusações vazias. Lembrem-se que, muitas vezes, o aplauso fácil vem na contramão do maior capital da profissão de vocês: a credibilidade.

O imutável se transformará

Aos publicitários, relembro a importância de pensar o consumo não apenas como resultado de estratégias de venda, de práticas persuasivas, mas como ato social que, ampliado, faz a cidadania avançar. No momento em que esse mesmo consumo cresce a uma taxa de 13% ao ano, a criatividade deve estar voltada para falar aos novos incluídos pela bem-sucedida implementação de programas sociais de transferência de renda . O país mudou e, com isso, repensar a publicidade também é tarefa inadiável. Sejam diretores de arte ou redatores de uma nova ordem social. É um desafio e tanto para quem sabe conjugar saberes específicos com consciência social.

Aos profissionais de Relações Públicas devo recordar que a imagem e identidade de organizações precisam ser construídas na medida exata dos interesses da sociedade em que atuam. .As políticas de relacionamento de instituições devem se subordinar às exigências de um país que tem como objetivo a democracia ampliada.

Peço-lhes, por fim, que assumam o compromisso de nunca se sentirem formados. Continuem, na vida profissional, a questionar permanentemente simplificações que se apresentam como verdades absolutas.

Meus queridos alunos, já dizia o poeta Paul Valéry: "A gente vive e morre aquilo que vê, mas só vê aquilo que sonha." Então não hesitem, sonhem. Sonhando, vejam. Vendo, lutem. Lutando, cresçam. E o que parecia imutável se transformará magicamente.

Sejam muito felizes. Muita luta, muita sorte e muito obrigado".

domingo, 7 de outubro de 2007

Boa pergunta

O Fla perdeu do Flu por 2 a 0. Na entrevista ao final do jogo, o jogador Jean, do Flamengo, declara:
"O Flu não fez nada para ganhar de 2 a 0".
E o repórter da TV:
"E o que o Fla fez para não ganhar?".

Dica do blog

Aos alunos de Documentação (Cartas dos leitores)


A Veja que está nas bancas tem entrevista do Luciano Huck nas páginas amarelas. Luciano (destaque no olho) comenta as cartas de leitores que saíram nos jornais. E critica. Ou seja: valoriza a seção. Não discuto o conteúdo.
Também não vou comentar as outras cartas criticando Guevara e elogiando a matéria da Veja da semana passada. Fica para a próxima ou para a sala de aula.

As aulas do ombudsman da Folha hoje - 3

Não é do Donga, mas é pelo telefone. E mais uma vez concordo com o colega. Mais três aulas sobre Bom Jornalismo. Sobre erros e falta de atenção, sobre isenção e sobre apuração.

Pelo telefone
Mário Magalhães
A edição de 1987 do "Manual da Redação" continha recomendação predatória ao gênero jornalístico da reportagem: "Um trabalho jornalístico que puder ser bem realizado por telefone prescinde do contato pessoal entre o jornalista e a fonte de informação".
O princípio é outro: só apure por telefone o que não puder apurar pessoalmente.
O verbete foi suprimido. Lembrei-me dele na cobertura sobre a rescisão dos contratos dos 1.064 (na maioria) cortadores de cana da Fazenda Pagrisa, de Ulianópolis (PA).
Para fiscais do Ministério do Trabalho, eles viviam em situação análoga à escravidão. Para os donos da fazenda e alguns senadores, os trabalhadores passavam bem.
Em protesto contra a intervenção do Senado, os fiscais pararam as ações de combate ao trabalho escravo, como contou a Folha no dia 22.
Desde então, o jornal publicou relatórios, declarações e entrevistas. Tudo apurado de longe. Faria melhor se viajasse ao Pará, onde não mantém correspondente, para investigar.
Expor versões alheias não basta. É preciso produzir a sua, a mais fiel aos fatos possível. Com um repórter no local, há mais chances de êxito.

As aulas do ombudsman da Folha hoje - 2

O valerioduto é mineiro ou tucano?
Mário Magalhães

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Se o mensalão é do PT, o valerioduto é do PSDB; sem equivalência de critério, os petistas aparecem mal, e os tucanos são poupados
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A RIGOR, é mineiro e é tucano.
Mas a resposta depende de outra pergunta: o mensalão é nacional ou petista? Sem dúvida, é tanto nacional como petista.
O que não pode é o mensalão ser nacional e, o valerioduto, tucano. Ou o valerioduto ser mineiro e, o mensalão, petista.
Não se trata de joguete de adjetivos, mas do exercício de um dos pilares do projeto editorial da Folha, o apartidarismo.
Foi o que faltou à Primeira Página do domingo passado, quando a manchete - "Valerioduto de MG pagou juiz eleitoral, afirma PF"- sintetizou uma boa reportagem.
Na chamada, o texto curto que resume as informações das páginas internas, a expressão "mensalão do PT" contrastou com "valerioduto mineiro".
Quem lê "mensalão petista" recebe uma informação correta: o esquema ilícito de pagamento a políticos de vários Estados e outros associados ao governo federal foi tocado a partir de 2003 por dirigentes do PT e próceres da administração -é a opinião do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Já quem lê "valerioduto mineiro" se informa pela metade: o desvio de verbas públicas que alimentaram em 1998 a campanha de reeleição ao governo de Minas do hoje senador Eduardo Azeredo se concentrou no PSDB -conforme inquérito da Polícia Federal.
Portanto, se o mensalão é do PT, o valerioduto é do PSDB. Sem equivalência de critério, empregam-se dois pesos e duas medidas -os petistas aparecem mal, e os tucanos são poupados.
O esquema de repasses por meio de empresas do publicitário Marcos Valério de Souza conheceu seu ápice no primeiro mandato de Lula. Depois se soube de sua gênese na gestão estadual de Azeredo.
O mensalão nacional favoreceu muitos partidos, mas seu núcleo foi petista. Se o valerioduto mineiro beneficiou legendas diversas, desenvolveu-se em torno do tucanato.
Um exemplo de jornalismo crítico e equilibrado foi publicado pela própria Folha, também no último domingo: a reportagem que comparou o mensalão com o valerioduto.
Uma contribuição inspirada ao debate sobre a cobertura é o artigo que o ombudsman do IG (e ex da Folha), Mario Vitor Santos, veiculou em seu blog, ancorado no portal.

As aulas do ombudsman da Folha hoje - 1


O Seu Creysson são os outros
Mário Magalhães
A Folha estampou no alto da Primeira Página da quarta-feira um documento com carimbo do Congresso Nacional no qual se lia "Congreço", com "ç". Milhares de papéis do Senado e da Câmara foram carimbados assim.
Sob a mesma reprodução, na página A4, o jornal tascou o título "Seu Creysson", o personagem do Casseta & Planeta que martiriza o idioma.
Concordo que era o caso de noticiar, mas não o de tripudiar. Ainda mais com tanto destaque. O telhado é de vidro.
No domingo, a Revista da Folha escreveu "convalescência" (sic) em vez de "convalescença". O caderno Fovest deseducou na terça ao falar de ombros "tencionados" (sic); queria dizer "tensionados".
Na quinta-feira, Cotidiano afirmou que um elevador foi "concertado" (sic), em vez de "consertado". Na sexta, Esporte perpetrou, às vésperas de jogo: "Há [sic] três dias do clássico". No dia 23 de setembro, Brasil subverteu a letra do Hino Nacional.
Todos esses erros foram apontados por leitores. Talvez eles não pensem que o Seu Creysson viva no planalto central...
Registro: a Folha ignorou o seu "Manual da Redação" ao omitir que o "Congreço" saiu antes, na véspera, no "Correio Braziliense".

sábado, 6 de outubro de 2007