sábado, 20 de outubro de 2007

Comendo criancinhas, Fernanda Lizardo


Acabo de descobrir os textos e o blog da minha aluna Fernanda Lizardo. Além de escrever bem pacas, fotografa que é uma beleza. Eita baixinha porreta!

Comendo criancinhas
Fernanda Lizardo

- Quando te vi na rua, achei que era do tipo quietinha, não dava nada por você.
Essa frase foi dita por um homem intimidado. Homem, não. Um garoto praticamente. E era até engraçado vê-lo tão surpreso, afinal, naquele dia em que ele desceu do ônibus para pedir meu telefone, pareceu bem certo do que o esperava. Mas ele errou.
Eu, como de praxe, acertei no conceito: aguardava um meninote que ainda não havia trepado de forma intensa. E foi isso mesmo que veio. Se eu achei ruim? De maneira alguma! Era exatamente o que eu queria!
É delicioso encontrar esse tipo de reação às vezes. Melhor do que isso, só mesmo testar os limites do outro e ver o quanto ele desconhece ousadias. Foi maravilhoso quando disse a ele algo do gênero "quero que você me coma de quatro" e pedi que viesse com a maior força possível. A cada estocada ele exclamava: "Não acredito nisso! Nunca conheci alguém que agüentasse dessa forma!". E eu me extasiava não só com o sexo, mas com toda a surpresa que pairava no quarto. Sustos e um fôlego preso alternavam-se com gemidos e muito, muito suor.
Ele mal percebeu quando gozou pela primeira vez. Estava desnorteado. Quando veio para cima de mim para uma nova rodada, foi forçando-se a manter o pique, mas começou a esmorecer vagarosamente. Senti a tensão dele e, num misto de covardia e sacanagem, pedi que relaxasse. Foi o estopim para vê-lo mais nervoso ainda, surpreso por não conseguir fazer o pênis enrijecer e por não conseguir tirar da cara o sorriso bobo da criança que acabara de encontrar seu mito de infância.
Assim que ele notou seu limite de horário, pediu para tomar um banho. Não podia chegar em casa cheirando a sexo ("minha namorada percebe"). Molhou os cabelos quase sem querer para lavar o suor que encharcava completamente a ponta dos fios. Ficou preocupado por saber que chegaria em casa com os cabelos molhados. Empunhei um secador de cabelos, porém, como a vida é sempre muito legal comigo, uma chuva providencial (após longo período de seca, diga-se de passagem), caiu pesada. Pronto. O instruí a andar pela chuva para deixar os pingos molharem tudo, assim ele teria uma desculpa para correr para o banho tão logo adentrasse o apartamento.
Sei que, quando chegou em casa, ele precisou se esfregar bem para apagar vestígios que provavam ter estado na cama com outra. É certo que do corpo saiu tudo. Mas só do corpo.

Quer ver e ler mais?
http://cooper.blig.ig.com.br/

2 comentários:

Rodrigo Novaes de Almeida disse...

Cacete, PC, a mulher é um furacão e escreve bem pra caralho! Depois me apresenta rsrs Abraço forte!

PC Guimarães disse...

Já estou sabendo que vc trocou mensagens com ela. São dois talentosos.