segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Mais um livro censurado


O caso do livro sobre o Roberto Carlos, do jornalista Paulo César Araújo, pode ser repetido.

Livro de jornalista sobre imigrantes japoneses pode ser recolhido das livrarias
Redação Portal IMPRENSA

No ano do centenário da imigração japonesa, a Justiça brasileira terá de decidir se autoriza a publicação de parte do livro do jornalista Jorge J. Okubaro. A família Kakazu pediu ao Judiciário que o livro "O Súdito - Banzai Massateru!" - indicado ao Prêmio Jabuti 2007 - seja recolhido das livrarias. Segundo os familiares de Seijin Kakazu, trechos do livro ofendem sua honra, o que de mais precioso ele deixou a seus sucessores.

O livro nasceu da intenção de Jorge J. Okubaro, editorialista do jornal O Estado de S.Paulo, de homenagear seu pai, Massateru Okubaro, que chegou ao Brasil em 1918. Para que o livro pudesse ser feito, foi consultado material proveniente de museus, entrevistas, documentos e arquivos de jornais.

Na publicação, narra-se a história do suposto abandono da família por parte de Seijin Kakazu ao descobrir que não era o pai de nenhum de seus três filhos. Segundo relatos registrados no livro, na fuga Kakazu levou seu filho mais velho para que guardasse sua alma após a morte, de acordo com uma antiga crença de pessoas nascidas na região de Okinawa, província ao sul do Japão.

Além do abandono, o livro relata o assassinato da ex-mulher de Kakazu e a adoção dos dois filhos deixados para trás.

A família de Kakazu pede indenização pela publicação sem prévia autorização e pelas "inverdades" relatadas na obra. A advogada da família, Ana Paula Leiko Sakauie, diz na ação que o personagem em questão teve sua vida exposta de maneira covarde, indevida e falseada. A advogada ainda salienta que, por estar morto, Kakazu não teve a chance de se defender.

Para o jornalista Jorge J. Okubaro, o processo ajuizado pelos filhos só revela o inconformismo por não terem sido mencionados no livro. Esse é apenas um dos argumentos apresentados pelo advogado José Rubens Machado de Campos, no recurso.

De acordo com informações do site Consultor Jurídico, por enquanto, o juiz da 41ª Vara Cível de São Paulo negou o pedido de liminar para impedir a circulação da obra.

2 comentários:

Fernanda Lizardo disse...

PC,
Me dá uma mãozinha...! Tive um texto descaradamente plagiado por um jornalista do Ceará. Ele colocou um trabalho meu na coluna dele como se fosse autoral.
Dá uma olhadinha lá no blog para comparar os textos e me dá uma forcinha para divulgar isso, pode ser?
Abração!
Fernanda Lizardo

PC Guimarães disse...

Vou lá ver.