sábado, 13 de dezembro de 2008

O futuro dos jornais: "Murdoch exala otimismo sobre o jornal do século XXI - Entrevista publicada na Folha de S. Paulo - FINAL

(Continuação do post anterior)

Atendendo a milhões (rs) de pedidos de amigos e alunos que não conseguiram ler a entrevista com Rupert Murdoch na Folha de S. Paulo impressa (da última quarta-feira, dia 10 de dezembro) vou postar a matéria na íntegra, em capítulos, de baixo para cima.

Uma maneira pela qual planejamos aproveitar as oportunidades on-line é oferecendo três níveis de conteúdo. O primeiro será formado pelas notícias que colocamos on-line gratuitamente. O segundo será disponível aos leitores que assinam o wsj.com. E o terceiro será um serviço premium, criado para dotar os clientes da capacidade de customizar notícias e análises financeiras de primeira linha de todo o mundo. Em tudo o que fazemos, vamos transmiti-lo das maneiras que mais correspondem às preferências dos leitores: em sites que eles podem acessar em casa ou no trabalho em invenções ainda em evolução, como o Kindle da Amazon (artefato para leitura wireless), e também em celulares e blackberries.

No fim, ficamos onde começamos: o vínculo de confiança entre os leitores e seu jornal.

Muita coisa mudou desde que eu entrei no "Adelaide News" em 1954. As máquinas de impressão nunca foram mais velozes ou mais flexíveis. Temos computadores que nos permitem fazer o layout de múltiplas páginas em múltiplos países.

Temos uma distribuição mais veloz. Mas nada disso vai significar nada para os jornais se não cumprirmos nossa primeira responsabilidade: conquistar a confiança e a lealdade de nossos leitores.

Não penso que eu tenho todas as respostas. Em vista das realidades da tecnologia moderna, este próprio discurso na rádio poderá ser fatiado digitalmente. Poderá ser acessado em um dia, um mês ou uma década.

E eu poderei ser cobrado em qualquer momento, por todo o sempre, e com razão, pelos pontos nos quais ficar comprovado que estou equivocado - além de ser ridicularizado por minha incapacidade de perceber até que ponto o mundo se tornou diferente.

Mas acho que não serei desmentido sobre um ponto. O jornal, ou um primo eletrônico muito próximo dele, sempre estará entre nós. Ele não será jogado diante de sua porta pela manhã como é hoje. Mas o som que fará ao chegar vai continuar a ecoar na sociedade e no mundo.
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Tradução de CLARA ALLAIN

4 comentários:

Vinícius Barros disse...

muito bom!

Vinícius Barros disse...

Sinceramente, eu lia jornal(O Globo) desde os 11 - 12 anos, não só sobre futebol, mas também sobre Economia e Política, mas depois que ganhei um computador aos 14 anos, não fazia mais sentido gastar com a assinatura do jornal se posso ter todas essas informações pela internet.

A saída dos jornais é se aprofundar nos assuntos. Deixar de publicar notícias que não são tão exclusivas quanto antes e passar a fazer pesquisas investigativas melhores!

Pra completar, prefiro ler revista!

Saudações Alvinegras!

PC Guimarães disse...

Leu tudo, né Vinicius? Bela entrevista. Murdoch é polêmico, como todo grande mepresário, mas essa entrevista joga os jornalistas e estudantes pra cima. E seu depoimento é importante por você ser um jovem consumidor de informações.
Obrigado pela visita e comentário aque neste blog também.
Saudações gloriosas.

PC Guimarães disse...

empresário e aqui. Argh! Odeio errar na digitação.