sábado, 13 de dezembro de 2008

O futuro dos jornais: "Murdoch exala otimismo sobre jornal no século XXI": Entrevista divulgada na Folha de S. Paulo (Parte 3)

(Continuação do post abaixo)

Quando eu era adolescente, essa foi uma lição-chave que meu pai me ensinou. Se você fosse proprietário do jornal, o melhor que poderia fazer seria contratar editores que cuidassem dos interesses de seus leitores - e dar a esses leitores reportagens honestas sobre as questões que mais os preocupavam. Em troca, você receberia confiança e lealdade que poderia levar ao banco.

Ao longo de muitas décadas trabalhando com jornais, tive o privilégio de assistir à história sendo escrita e impressa quase todas as noites. Hoje eu gostaria de falar sobre o que essas experiências me ensinaram -e porque elas me dão confiança no futuro.

Minha intenção é usar minha experiência para iluminar a maneira como precisamos reagir aos dois desafios mais graves com que os jornais se confrontam hoje. O primeiro é a concorrência vinda das novas tecnologias - especialmente da internet.

O desafio mais sério é a complacência e condescendência que grassam no coração de algumas Redações. A complacência se deve ao fato de terem gozado um monopólio - e agora se verem tendo que competir por um público que elas antes davam como garantido.

A condescendência que muitos jornais manifestam em relação a seus leitores é um problema ainda maior. Não é preciso ser nenhum gênio para observar que, se você trata seus clientes com desdém, terá dificuldade em conseguir que eles comprem seu produto. Os jornais não constituem exceção a essa regra.

(Continua acima)

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