sábado, 13 de dezembro de 2008

O futuro dos jornais: "Murdoch exala otimismo sobre o jornal do século XXI - Entrevista publicada na Folha de S. Paulo - Parte 9

(Continuação do post abaixo)

A palavra operacional é discernimento. Para competir hoje, não se pode oferecer um jornalismo do tipo antigo, tamanho único.

A tendência digital definidora no conteúdo é a crescente sofisticação das buscas. Já é possível customizar o fluxo de notícias por país, empresa ou assunto. Dentro de uma década, as coisas serão ainda mais sofisticadas. Você poderá satisfazer seus interesses singulares e buscar conteúdos singulares.

Afinal, uma estudante universitária da Malásia não terá os mesmos interesses que um executivo de 60 anos de Manhattan. Pensando em algo mais próximo, seu filho adolescente não terá os mesmos interesses que sua mãe. O desafio consiste em usar a marca de um jornal e, ao mesmo tempo, permitir que os leitores personalizem o noticiário, eles próprios - e lhes enviar as notícias das maneiras que eles quiserem.

É isso o que estamos procurando fazer agora com o "Wall Street Journal". O jornal tem a vantagem de ter uma base de leitores muito fiel, de ser uma marca conhecida por sua qualidade e contar com editores que levam a sério os leitores e seus interesses.

Isso ajuda a explicar porque o jornal continua a desafiar as tendências da indústria. Dos dez maiores jornais nos Estados Unidos, o "WSJ" é o único a ter tido um aumento de assinaturas pagas no ano passado. Ao mesmo tempo, pretendemos deixar nossa marca impressa na fronteira digital. O "WSJ" já é o único jornal americano a ganhar dinheiro de fato on-line. Uma razão disso é a demanda global crescente por notícias econômicas e por notícias precisas. A integridade não é apenas uma característica de nossa empresa, é um elemento de vendas.

(Continua no post acima)

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